PS

O Partido Socialista (PS) foi fundado em 19 de Abril de 1973 na cidade alemã de Bad Münstereifel, por militantes da Acção Socialista Portuguesa (ASP), idos de Portugal e de diversos núcleos no estrangeiro, reunidos em Congresso da Acção Socialista Portuguesa e "ponderando os superiores interesses da Pátria, deliberou transformar a A.S.P. em Partido Socialista", aprovam, por 20 votos a favor e 7 contra, a transformação da A.S.P. em P.S.

A Declaração de Princípios e Programa do Partido Socialista são aprovados em Agosto de 1973 e resultaram de diversas contribuições de militantes e simpatizantes do interior e do exterior.

Na Declaração de Princípios afirmava-se a defesa do socialismo em liberdade, ao mesmo tempo que se defendia como objectivo último uma sociedade sem classes e o marxismo.

A lista dos Membros Fundadores do Partido Socialista foi elaborada em 1977, por Manuel Tito de Morais e Joaquim Catanho de Menezes, tendo sido constituída pelos militantes do Partido que contribuíram para a sua fundação e que, na data em que a lista foi organizada, continuavam como membros efectivos. Posteriormente foram-lhe acrescentados os nomes de quatro militantes que, tendo subscrito a Acta da fundação, entretanto haviam saído do PS.

Em 16 de Maio de 1974 dá-se a tomada de posse do I Governo Provisorio, presidido por Adelino da Palmas Carlos, Mário Soares é nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros, Álvaro Cunhal, Francisco Sá Carneiro e Pereira de Moura assumem as funções de ministros sem pasta, o PS, terá neste Governo mais 4 Ministros com funções efectivas. O Governo cai menos de dois meses depois, a 11 de Julho de 1974, na sequência de uma proposta apresentada pelo Primeiro-Ministro de realização em Outubro de 1974 das eleições presidenciais e, simultaneamente, de um referendo a uma Constituição Provisória, as presidenciais ocorreriam, portanto, antes das eleições constituintes, relegando estas últimas para finais de 1976, tal proposta contrariava o Programa do MFA e constituía uma forma de reforçar o poder do Presidente da República, António Sínola. A proposta viria a ser rejeitada por quase todo o espectro político, incluindo o Conselho de Estado, sentindo-se desautorizado, Palma Carlos pede, então, a sua demissão.

De 13 a 15 de Dezembro de 1974 realiza-se o I Congresso do PS, na legalidade, em Lisboa, a linha de Mário Soares, social-democrata e reformista sai vitoriosa, alguns militantes considerados mais à esquerda e liderados Manuel Serra, abandonam o partido, vindo a formar no ano seguinte, a 9 de Janeiro de 1976 a FSP - Frente Socialista Popular.

Após a Revolução de 25 de Abril, e embora já tendo sido fundado em 1973 legaliza a sua situação junto do Tribunal Constitucional em 1 de Fevereiro de 1975.

O PS ganha as eleições de 1975 para a Assembleia Constituinte, as primeiras eleições livres dos últimos 50 anos e com uma participação eleitoral excepcional e sem incidentes de maior, dando a este 38% ao Partido Social Democrata - PPD/PSD 26,5%, o Partido Comunista Português 12,5% e o CDS - Centro Democrático Social 7,6%.